Opróbrio mundial

Observando com calma nuances de profundidade, de firmar para enaltecer, a complexidade dos conflitos superiores, entramos numa era de esquecer visões de um passado que ficou perdido e com suma força caminhamos, para o futuro, enxergando sem ver, o que está acontecendo, transformando tudo num gigantesco opróbrio mundial. Recorria o velho tempo, que continua a exercer seu papel, parecia já estar desgastado em trazer a noite e o dia. Sensação de que o tempo é ancião, também se encontra demente, não suportando essa repetição exaustiva de esperar a humanidade transcender, já entrando num estado catatonico, obscuro. Não só parou porque é eterno, mas até aqui se passa uma preocupação, com este que controla as feridas e dores causadas pela vida, não entra em consenso com os humanos, apenas cumpri o que foi designado a realizar sem piedade, sepultar as lembranças esquecidas, nem se quer curadas das gerações. Tempo, tempo és tão longo, mas tão inconsequente, para vidas tão curtas.

Juliana Amorim Alves
Enviado por Juliana Amorim Alves em 03/07/2020
Reeditado em 23/06/2021
Código do texto: T6994853
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