A certeza
Um dia pensei em te escrever, e me perdi, me perdi em inúmeras falas, em inúmeras palavras que ficam entaladas esperando para serem lidas, esperando para serem lindas.
Eu me apaixonei, me apaixonei por momentos, me apaixonei por sensações, por cada forma de amor da mais simples possível que ecoa quando estamos perto.
Parece que vivo para refutar o irrefutável, o opostos se distraem, os dispostos se atraem. Quando dispostos, tendemos a combinar uma série de atos, como a uma encenação, os protagonistas negam o que não podemos ver, e enfim, o que podemos ver?
É impressionante como podemos nos atracar em um corpo seguro que as vezes parecia estar tão distante. Encontro cada dia mais, paz em seu sossego, aproveitando junto a ti, dos mais singelos atos de carinho. É com a sua forma, que vou construindo meu retrato, acontece que quando anoitece, o silêncio se esvai, com um doloroso “aí se eu pudesse” (a gente podia juntar nossos silêncios).
Cada vez que penso em te escrever, penso em descrever. Você é mais bonita que todas as coisas bonitas, você sorri para o mundo, inclusive, sorri para você, e é o melhor lugar para se acolher um sorriso.
O que posso fazer se a cada segundo que passa, nos encontramos mais encaixados nesse sentido, que não tende a acontecer?
Ah, vida, por que tem que ser tão complicada? Porque precisamos decidir que há problemas, e que problemas não tem solução? É com imenso pesar que eu também consigo ver esses problemas, mas, se tudo fosse fácil, não haveria prazer na conquista.
Se eu pudesse te pedir algo, pediria que se deixasse permitir, se permita ser feliz, se permita dar uma chance ao inexplorado nunca acontecido antes, as melhores aventuras encontramos em meio aos nossos amores, tenha.
Se ficamos tão perto, por que estamos tão longe?
“Saiba que entre a primeira letra e o último ponto, muitas coisas não foram ditas, e nem serão. Muitas coisas não foram escritas, e nem serão. A beleza do mistério preserva a eternidade dos grandes amores. E os grandes amores tem a vida inteira para começar ou terminar de se amar, sem mistério.”