Poetas são seres do bem, mas são arteiros demais
(e como somos!)



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Madrugadinha vem descendo
Vem com os sonhos, me chamar
Abro então, mão de meu sono
Sem ser dono, aceito viajar!
 
Num lampejo estamos longe
Num trem ou num bonde de estação
Vamos farrear lá, quem sabe aonde?
O corpo fica, só vai alma e coração!
 
Numa piscada de sentimentos
Nem dor, nem tempo nos refreia
O céu é limite, o condutor é vento
Só pensamento do agora, nos incendeia!
 
Não estou só e nem são poucos
Os que se esvoaçam por terra e ar
Poetas sim, são bandos de loucos
Que fingem e trocam o dormir, pelo levitar!
 
Às vezes me deixo ir, e vou adiante
Sabendo que atrasei meu regressar
Mas por gostar e estar distante
Mais um pouco corpo e já vou voltar!
 
Estou em êxtase, enamorando a lua
A brincar com estrelas, correndo em caracol
Neste chão de giz que se fez de rua
Só regressarei com fulgidos, raios de sol!


 
 

 
SERRA GERAL
Enviado por SERRA GERAL em 26/06/2020
Reeditado em 26/06/2020
Código do texto: T6988773
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