O dia em que vi Deus
Essa é a história do dia em que eu vi Deus. Confesso que o imaginava com cabelos longos e grisalhos, voz grave, olhos de fogo, anjos em sua volta. Descobri que Deus não tem cara de Deus. Nem de anjo. Nem visual assustador e mortal. Posso dizer até que ele é inofensivo. Eis a verdade: Deus é uma criança síria de 4 anos de idade, que estava como refugiada na Europa devido a guerra em seu país. Alguém deveria entrevistá-la, pois ela é Deus. E como sei disso? Um ato falho divino revelou sua identidade: uma gargalhada dada por ela com toda a graça, que fazia tremer sua barriga enquanto ria. Sua entrega e verdade naquela gargalhada fazia com que seus olhos brilhassem, seu rosto passou a ter luz. O som de sua risada era algo que aquecia o coração. Foi naquele momento que percebi que estava diante do próprio Deus. Nada poderia ser mais puro, mais sincero, mais gracioso, mais verdadeiro, mais cheio de vida e de amor do aquela risada infantil que estava presenciando. Só poderia ser Deus. E se você quer ver Deus também, sugiro que repare no sorriso das crianças. Deus gosta de estar ali.