Nogento.
Lancei meu primeiro livro de poesia.
Foi festa para que ninguém colocasse reparo.
Lá de uma cobertura do décimo andar.
O livro.
Caiu em queda livre.
E foi se esparramar aos pés de um pedinte.
O homem, folheou o exemplar.
E como todas as paginas estavam em branco.
Olhou para cima.
E gritou.
_ Miserável sovina.
Até as letras, suprimiu.
E depois.
Que o digam.
Que o mendigo sou eu.
JC.