Mórbido

Escuridão, silêncio, gritos, ...

Gritos ensurdecedores, que não se podiam ouvir, gritos da alma, ocultos, mas que ecoavam nos labirintos da alma!

Silêncio, ... Pássaros, o sol pela janela, ela aproveitou seu brilho para "enfeitar" seu sorriso desbotado!

A selva de pedra agitada , passos, fumaça, gente , um barulho ensurdecedor que se podia ouvir!

Ela apenas obedeceu , cumpriu seu ofício, "produziu" a outrem...

Sorriu e semeou alegria, fumou uns cigarros para extravasar suas tensões.

Fim de tarde , o sol se pôs... O barulho da selva ainda ecoava, a caminho de casa ela já murmurava por dentro .

Ao abrir da porta , daquele pequeno apartamento pequeno, entrou , sentou-se a contemplar um porta retratos!

Brevemente sorriu , permitiu-se regar com lágrimas toda aquela lama de dor...

Tudo que tinha agora naquele interior e a sua volta , era um silêncio inquietante, vazio, ...

Fez um café , fumou mais um cigarro, ...que droga , precisa comprar mais !

Serviu-se de uma taça de vinho, decidiu romper aquele silêncio com um jazz , viajou, transportou-se nas lembranças, ...

Levemente sorriu, e num instante desabou-se em lágrimas ! ...

Mais uma taça de vinho caiu-lhe bem...

Deitou-se, ajeitou-se, se aqueceu , apagou a luz...

Notou a vida lá fora , enquanto morria por dentro , descuidou-se, a taça quebrou-se,

manchou seu tapete, e ali ficou entre os cacos, em pedaços!

Escrito por: Jefferson Rodrigues Verissimo (JeffBratcho)

Drummonzinho
Enviado por Drummonzinho em 17/06/2020
Código do texto: T6979671
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