Seria egoísmo aprisionar um pássaro pronto para voar só porque vê-lo engaiolado me apraz, porque o medo de perder me torna indiferente ao fato de que não amo uma projeção e sim uma pessoa, uma pessoa que tem uma história de vida, sonhos, desejos, medos, virtudes, defeitos e um ciclo se fechou, tenho liberdade para chorar a saudade que ficou de quem precisava ir.
Porque não é amar de verdade uma pessoa enxergar só o meu lado, a minha dor, o meu vazio, mas não pensar em quantas vezes você chorou por medo de tomar a decisão que te libertou e eu não pude estar por perto para ser seu colo, seu lenço, para te encorajar, entender seus motivos e me perguntar se no seu lugar não me sentiria da mesma forma.
Contar os dias sem você é uma tortura. Eles são longos, se arrastam como se tivessem preguiça de passar. E você está longe. E a hora não passa. E a saudade segura meu coração com força e o aperta. E eu sangro através das lágrimas. Eu olho a sua foto e faço de conta que você está aqui. Seu sorriso me faz tanta falta, mas me corta o coração pensar que talvez me sorrisse com tristeza.
Pedir para você voltar e não aceitar a realidade faz parte de lidar com os fatos. Eu nego o que aconteceu para crer que tudo está no lugar e sei que mentir para mim mesma me fere mais do que assimilar a verdade e lidar com ela. Porque pode ser embaraçoso não segurar o choro e ter rompantes de raiva, não de você, porém de quem pode ter te feito assim tão mal a ponto de não te deixar escolha.
Não é respeitar a autonomia, o livre-arbítrio, te enxergar com ternura e te acolher, demonstrar que não foram palavras vazias aquelas de bem-querer, se sou indiferente ao fato de que você sofre e talvez a própria vida tenha te ensinado a não chorar na frente dos outros, não demonstrar fraqueza, ter "sangue frio" para sobreviver ao mundo de feras, o que não significa que as menores coisas não te afetem.
Deixar ir e seguir mesmo sem essa parte de mim é a maior demonstração de que tudo que vivi foi válido. Porque eu própria escrevi no prefácio de um livro meu que a distância é o intervalo e não o final.
Porque não é amar de verdade uma pessoa enxergar só o meu lado, a minha dor, o meu vazio, mas não pensar em quantas vezes você chorou por medo de tomar a decisão que te libertou e eu não pude estar por perto para ser seu colo, seu lenço, para te encorajar, entender seus motivos e me perguntar se no seu lugar não me sentiria da mesma forma.
Contar os dias sem você é uma tortura. Eles são longos, se arrastam como se tivessem preguiça de passar. E você está longe. E a hora não passa. E a saudade segura meu coração com força e o aperta. E eu sangro através das lágrimas. Eu olho a sua foto e faço de conta que você está aqui. Seu sorriso me faz tanta falta, mas me corta o coração pensar que talvez me sorrisse com tristeza.
Pedir para você voltar e não aceitar a realidade faz parte de lidar com os fatos. Eu nego o que aconteceu para crer que tudo está no lugar e sei que mentir para mim mesma me fere mais do que assimilar a verdade e lidar com ela. Porque pode ser embaraçoso não segurar o choro e ter rompantes de raiva, não de você, porém de quem pode ter te feito assim tão mal a ponto de não te deixar escolha.
Não é respeitar a autonomia, o livre-arbítrio, te enxergar com ternura e te acolher, demonstrar que não foram palavras vazias aquelas de bem-querer, se sou indiferente ao fato de que você sofre e talvez a própria vida tenha te ensinado a não chorar na frente dos outros, não demonstrar fraqueza, ter "sangue frio" para sobreviver ao mundo de feras, o que não significa que as menores coisas não te afetem.
Deixar ir e seguir mesmo sem essa parte de mim é a maior demonstração de que tudo que vivi foi válido. Porque eu própria escrevi no prefácio de um livro meu que a distância é o intervalo e não o final.