_____________EU NÃO ENTENDO
Eu não entendo determinadas inquietudes... Pois eu gosto de silêncio e simplicidade, da rotina... Ah, eu amo rotina! Funciono bem assim, nessa calma quase que poética em apreciar cada detalhe, em me sentir grão. A paz vicia! Vicia tanto que tudo ganha contorno, se potencializa... O cheiro bom do café feito com calma, os livros espalhados por toda a parte e o cheiro entorpecedor que vem da terra molhada.
Eu não entendo mais o tumulto - nem o quero - porque estou intervalo. Estou em mim e no prazer que sinto em cuidar das minhas coisas, perfumar as gavetas, inventar uma nova receita... Amo essa calma que parece ninar os meus ouvidos! Eu não saberia mais viver algazarra... eu floresci poesia entre as minhas xícaras e diante dos pássaros, gatos, cães, corujas... Eu não permito mais que me sufoquem o verso!
Eu não entendo mais o tumulto - nem o quero - porque estou intervalo. Estou em mim e no prazer que sinto em cuidar das minhas coisas, perfumar as gavetas, inventar uma nova receita... Amo essa calma que parece ninar os meus ouvidos! Eu não saberia mais viver algazarra... eu floresci poesia entre as minhas xícaras e diante dos pássaros, gatos, cães, corujas... Eu não permito mais que me sufoquem o verso!