Dia dos namorados
Antes, eu não sentia nada. Mas quando experimentamos a ventura de ser dois, voltar a ser um se torna uma existência com um vazio de ausência, pois há vazios que são a presença do nada, por isso não doem; mas há vazios que são ausência de algo que já ocupou um espaço. É por isso que prefiro a dor de um pretérito imperfeito (algo que poderia ter sido e não foi) do que uma dor real, pois já experimentei o processo de cura de um vazio de ausência.