A sutil arte de ir embora

No livro " Cidades de Papel" escrito por John Green, a personagem Margo diz em uma das conversas com o Quentin, que ir embora é difícil até você tomar à atitude de ir, depois se torna a coisa mas fácil desse mundo, e sabe ela tem toda razão.

Desde criança, sempre apreciei os filmes em que os personagens viajam para outros lugares, vivem muitas aventuras , como um clássico de Júlio Verne que teve uma adaptação cinematográfica, " Volta ao mundo em oitenta dias ", filme sensacional, quem dera fosse possível realizar tal proeza ou " As crônicas de Narnia " em que as crianças viajam para um mundo encantado através do guarda- roupa, que enredo incrível, e o que dizer de Harry Potter e os inúmeros lugares que conheceu no decorrer dos sete filmes, sem falar dos livros , mas isso é assunto para outro texto rs

E sendo assim ,costumava associar o ato de ir embora ao sentido literal da ação, como se não pudesse ocorrer de outra forma. Então nós crescemos e percebemos outros sentidos para as atitudes, e foi assim que ocorreu...As vezes você terá que ir , talvez não goste no início, mas verá que foi necessária a partida daquela situação, daquele círculo de amigos que você convivia , mas que deixaram de fazer sentido em sua vida. Isso não é ruim, você apenas mudou, e talvez não seja mas a pessoa que fez aqueles planos que tanto idealizou.

Vejo muitas pessoas com receio de partir , e por isso sustentam situações desagradáveis em suas vidas , não terminam relacionamentos tóxicos, e se destroem diariamente por medo da solidão, de não conseguirem continuar depois que aquele ou aquela não estiver mas ali. Costumo pensar que não esquecemos ninguém que passou por nossas vidas, principalmente aquelas pessoas que marcaram de alguma forma nossa trajetória, nós a ressignificamos dentro de nós, damos um novo significado a elas e as colocamos em algum lugar nas nossas memórias. Se algum dia você gostou verdadeiramente de alguém, e acredito que sim ,você vai entender a lógica da questão. É como uma árvore que você planta e se depois você decide arranca-lá, não tem como tirar sem ferir a terra, porque já criou raízes, assim são os vínculos que formamos, são árvores que as vezes iremos precisar podar, regar e talvez arrancar, vai nos ferir , será uma dor profunda, mas você vai superar e seguirá em frente...

A ação de ir embora ocorrerá muitas vezes em sua vida, e você verá isso ocorrer, nas mas diversas situações, um trabalho que não te possibilita crescer, uma amizade que apenas te prejudica, um lugar que é melhor não frequentar mas. Por isso ir embora só é difícil no inicio , depois vai se tornando mas simples, por vezes doloroso, mas dominar essa arte possibilita algumas transformações na sua dileta vida.

Engraçado que no final da vida , a gente se depara com a nossa última viagem , à morte , sobre isso Mark Manson no livro " A sutil arte de se ligar o foda-se " , termina sua narrativa com um capítulo destinado a contemplação da própria mortalidade , algo fantástico por sinal , sabemos que um dia iremos partir , ninguém sabe quando, nem hora , nem momento exato e deve ser exatamente isso que deve nos manter vivos e desprendidos para vivermos de forma que nossa existência tenha sentido...

Se ao terminar de ler , não tiver feito sentido kk

Tudo bem, as vezes não faz sentido nem pra mim ao ler depois kkkk.

São apenas pensamentos aleatórios de uma mente por vezes turbulenta , que habita uma pessoa que simplesmente é apaixonada pelo universo particular que cada ser humano se torna no decorrer da vida...

Bjos

E até mas ♡☆♡

Myrian Costa
Enviado por Myrian Costa em 05/06/2020
Código do texto: T6968909
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