Conhecimento e Controle

Conhecimento e controle, duas palavras unidas diante da realidade histórica, onde um naturalmente nos empurra ao outro, assim o homem tenta conhecer o impossível para tentar controlar a deus.

Descartes ao formular sua tese de representatividade da realidade, internalizando e cunhando o olhar interno do individuo, descola da construção representativa da realidade a própria realidade imposta pela natureza, assim o home acreditar deter dentro de si e busca impor á seus pares a própria visão.

Atualmente verificamos essa mesma dinâmica diante do controle do estado na sociedade, das quais o conhecimento impera controle e portanto a representatividade da realidade esta no herói que conhece a realidade controlando inclusive a humanidade.

Por isso aqueles que detém certezas parecem tão atrativos ás pessoas, mas a aparência não condiz muitas vezes com a realidade, pois quais de nós tem certeza de tudo o que pensa? Quais seriam as comprovações do conhecimento se são apenas representações construídas da realidade, sem nenhum método?

A biopolitica esta assim implantada, Foucault demonstrou essa realidade utilizando o exemplo dos hospitais, assim mesmo ao verificarmos a realidade de hoje na saúde, como exemplo, a pratica se tornou mais devastadora e sórdida.

Com a pandemia instalada no mundo, um governo sem plano algum, critica aqueles que apresentam algum plano, a necropolitica esta, portanto, instalada nas frases cunhadas por um dito líder político.

O controle da doença entre as classes ricas demonstra que a periferia é deixa a própria morte para assim o estado economizar financeiramente, pratica inclusive chancelada por assessores do ministério da economia.

Em uma relação de colonizador e colonizado, mesmo estando debaixo do mesmo guarda chuva nacional, impera em praticas diferentes a indivíduos de classes econômicas diferentes, em beneficio dos mais ricos.

A eugenia é relativizada aplicada na dinâmica social.

O isolamento servil apenas para a proteção daqueles que podem financeiramente se isolar, mas alem disso, percebeu-se que o não isolamento das classes mais baixas aumentaria o risco daqueles de classes mais altas, assim forçosamente o caos instalado diante da realidade econômica, a população agora se divide entre franjas radicais do espectro político.

Aumentando a tensão na teia social, alem da pandemia em si, o governo busca obter maior centralização de poder em si, conflagrando uma campanha de ódio entre aqueles que deveriam lutar juntos, tanto no aspecto econômico quanto de saúde, pois um não anda sem o outro.

Esta divisão aplicada a ideia irracional de eliminação dos que pensam diferente, torna a retórica agressiva uma pratica, que será realizada a qualquer momento fisicamente entre esses agentes políticos, á própria sociedade.

A pratica depredatória não torna a questão regulável para a sociedade resolver o problema realmente, apenas atiça a piora das ações e a confusão, não tornando assim a solução um caminho possível.

A agressão não condiz com a realidade, mas já esta em processo de representatividade, mesmo descolada.

Portanto a sociedade através de seus membros, já esta na fase de construção representativa da realidade como entendimento final a radicalização e a agressão depredatória, buscando a eliminação daqueles que pensam diferente, o fim é esperado.

Vemos portanto uma sociedade totalmente manobrada pelo interesse de poder de um governo, que divide a população, e se aproveita da divisão criada pelos espectros políticos adversários, para tornar-se detentor de maior hegemonia de poder, ao mesmo tempo, se isola da realidade na própria representatividade construída.

A democracia perdeu-se diante da pratica idealista de representação da realidade, agora não mais autodescoberta, mas representada em construção, pois desconecta as pessoas de verdades inerentemente compartilhadas, o mundo liquido de Baumann pode evaporar.

Assim a insegurança do mundo criado torna-se vapor, e o homem em sociedade não existira mais, será mais isolado, criamos assim o velho oeste pós-moderno.