RELATIVA REFLEXÃO (Série Reflexiva Mente) ROBERTA LESSA
FILOSOFIANDO IDÉIAS – SOBRE O COLETIVO
De uma forma simplista mas correta nessa verdade que exponho (note bem que essa verdade não é absoluta, mas uma das verdades existentes em todo processo cultural existente e que considero interessante compartilhar); percebo todo um processo de fragmentação cultural do indivíduo, legando à ele apenas parte dos saberes culturais que tem por direito desenvolver e ter acesso . Ahhh... tornemo-nos humildes a ponto de acessar os saberes de nosso amados e quase extintos silvícolas com sua milenar sabedoria que naturalmente absorveram em seu cotidiano a prática do coletivo. Pensar coletivamente é respeitar também o indivíduo em sua interdependência sócio cultural, estabelecendo um diálogo natural dos saberes adquiridos e o processo de aprendizado das crianças. Não caiamos no diletantismo sem causa, estabelecendo paixões por aquilo que poderíamos ser, mas que posicionamos tão longe de nossa realidade que torna-se impossível sua realização: o Brasil é multicultural e essa riqueza apaixona até mesmo os mais cartesianos seres viventes. Essa cultura abarca tudo o que fazemos, desde arte, costumes, tradições, culinária,enfim opera nosso modo de vida de tal forma que nem percebemos sermos compostos culturalmente, é algo natural, e de mobilidades muitas vezes transcendentes à nossa consciência humana.
Quando se fragmenta esse todo, estabelece um jogo de poderes bastante delicado e destrutivo, por nos torna passivos e permitimos aos poucos que sejamos conduzidos à aceitação da idéia de que necessitamos de algo ou alguém que comande o que pensamos, somos, queremos e principalmente deixamos de lado nossa conquista que é o pensar-agir no coletivo...
Fato é que aldeias são formadas nessa caótica sociedade, tecendo redes culturais que resistem a esse domínio, e são esses núcleos que estabelecem novas formas e linhas de ações sociais voltadas ao bem comum.
Nota: Não somos “partidos”, somo inteiros...já dizia meu amado amigo E.M. na década de setenta quando dei continuidade à minha paixão pela cultura...
Pensemos juntos, mas não percamos nossa individualidade... É na união de idéias que somamos e não na unificação delas em uma só, direcionada e tendenciosa... Somos diversos e únicos...