Cadê os valores?

Bem, hoje pensei escrever algo sobre a incrível máxima: João ama Maria, que ama José, que deseja Joana, que não quer estar nem ai para ninguém, pois está descrente no amor verdadeiro.

Nunca fui muito bom de praticidade, direcionamentos lógicos sobre minha vida, sempre fui levado por sentimentos, emoções que na maioria das vezes servem somente pra confundir e dificultar ainda mais qualquer existência.

Assim, vamos começar diferente, talvez voltemos a este tema em algumas linhas, com menos romantismo, não posso mais fechar os olho para tudo que está acontecendo ao meu redor.

Incrível o despertar do interesse por algo ou alguém, como nasce, como se fundamenta, de que se nutre para continuar florescendo, tomando conta de nossas entranhas?

Nós somos inteiramente responsáveis pelo que fazemos brotar uns nos outros, sejam sentimentos bons ou ruins, somos responsáveis e ponto.

Não adianta muito aquela carinha de gatinho do shrek do tipo me leva para casa que sou bonzinho, preciso de colo, toma conta de mim e outras coisinhas mais e que todos sabemos fazer muito bem feito por sinal.

Não adianta aquele papinho de surdo e mudo do tipo, não tinha a intenção daquilo ou daquilo outro, isso não existe definitivamente. Somos capazes de saber qual a importância que cada palavra, gesto, olhar e toque é capaz de afetar o outro. Sabemos e mesmo assim damos continuidade.

É mais ou menos assim:

João sempre foi pessoa boa, era amigo de seus amigos, até mesmo de seus desconhecidos, ele é uma pessoa gentil, amável com todos na medida do possível, porque mesmo sendo assim João tem lá suas malicias e sabe muito bem até onde pode ir sua inocência e gentileza.

O fato é que João se apaixonou pelos lindos olhos de Maria, quando digo olhos saibam que ele olhou para todo o resto, detalhadamente, não se enganem com João. Maria acha João muito bem apanhado, companheiro, atencioso, carinhoso, educado, sabe homem?

É isso ai, homem bom para curar dor de cotovelo, pois o que realmente atrai Maria nada mais é do que a "macheza" de José. Aquele que a toma nos braços com força, tira-lhe a roupa somente com um olhar furtivo, que a joga na cama, amassa-lhe o corpo apertando-lhe tanto que ao final de alguns poucos segundos tudo acaba, sai sem olhar pra trás e ainda diz que ela o procure qualquer hora dessas.

Mas como sabemos Maria já era. José não está nem ai para ninguém, lógico que ele sempre estará em primeiro na sua própria lista de cuidados. Afinal de contas, ele é ô cara, ele só se preocupa com seu umbigo, suas sobrancelhas, cabelos, unhas e por ai vai. Você já deve ter visto ou conhecido alguém assim.

A única coisa que ele quer com Maria é dar uns "pegas" de vez em quando, para ele ela é literalmente a mulher objeto, se é que ele utiliza o gênero para defini-la. Porque o substantivo eu sei que sim. O que dá para sorrir neste tipo de situação é somente uma coisa, o desejo de José por Joana. Nossa me divirto muito.

Ele faz de tudo por seus desejos, porém Joana está acima dessas futilidades quem encontramos no José, ela busca uma pessoa tipo o João, pessoa boa, amigo de seus amigos, de seus desconhecidos, pessoa gentil, amável com todos na medida do possível, que tem suas malicias, mas sabe muito bem até onde pode ir sua inocência e gentileza. E Joana tem certeza convicta de que vai achar um João em sua vida a qualquer momento, sem anuncio e de repente como o amor acontece. rsrsrsrsrsrs.

Mas aqui gente acontece a tal da readaptação social.

Nossa! (pêra que eu estou me pocando de rir)

E então o “destino” se é que isso existe de fato, eles são postos frente a frente e BUMMMMMMMMMM!!!!

Joana “pensa que encontrou tudo o que a vida podia lhe oferecer, em cima disso ela constrói seus sonhos, seus castelos e cria um mundo de encantos, onde tudo é belo” (valeu Timaia pela força), até que enfim ela descobre que o João nada mais era do que o irmão mais novo de José, que de tanto apanhar dos encontros e desencontros sendo bom, moldou-se ao que era seu irmão, apenas para suprir seus desejos de forma mais rápida, simples e sem dor de cabeça, sem sofrer com sentimentos e todas essas besteiras. Agora o João que queria somente amar alguém, ser apenas o que lhe agrada ser, apenas olha para trás e diz:

Me procure qualquer dia desses!

Até outro amanhecer!

Tino Neto
Enviado por Tino Neto em 16/10/2007
Código do texto: T696050
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