Reescrevendo a Bíblia ou, tentando explicar o Brasil

Deus quando fez o mundo, não se sabe porque, deu especial atenção a uma terra, que comparada ao Universo infinito, é menor que a menor das sementes.

Essa terra que Ele chamou de Jardim do Éden, seria o lugar mais bonito e dotado de recursos naturais que nenhuma outra teria. Além disso, não teria cataclismos nem desertos e teria o clima mais equilibrado de todo o Planeta. Essa terra estaria destinada a receber o povo de Deus.

Seria um povo que andaria nu, não conhecendo portanto a vergonha, não conheceria também as doenças, a fome, a mentira, a cobiça, a desonestidade, a prostituição.

Esse povo viveria em perfeita harmonia com a natureza, dela tirando seu sustento e todo artigo necessário para sua vida simples, mas feliz.

Essa terra extraordinária seria chamada posteriormente de Brasil e seu povo estaria divido em tribos com nomes estranhos como Guarani, Ianomani, Xavante, Ticuna, Caiagangue, Macuxi, Terena, Guajajara, Pataxó, Potiguara.

Talvez por isso, tenha nascido a lenda de que Deus é brasileiro.

Porém, repentina e misteriosamente, Deus virou as costas para o Éden e com esse descuido, o Diabo se dispôs a colonizá-lo com seu povo. Com a chegada dos emissários do Mal o povo de Deus conheceu as doenças e foi corrompido. Sua terra foi destruída e contaminada. E os filhos de Deus que antes se contavam na casa dos milhões foram reduzidos a poucos milhares.

A partir daí os maus, que nunca descansam, ao contrário do bons que não perdem uma oportunidade para dar uma relaxada, foram se alastrando até tomar conta de toda essa terra outrora maravilhosa. E passaram a governá-la com tal eficiência que nada acontece se não for para cumprir os desígnios do Diabo.

Apesar de tudo que está escrito a respeito, é pouco provável que Deus queira recuperar sua obra, porque pouco resta do Jardim do Éden e seu povo foi chamado de ignorante e primitivo e aniquilado.

Sendo assim, talvez Ele prefira recriar sua obra em qualquer outro lugar do Universo e se poupar do trabalho de ter que insistir para que os atuais habitantes desse paraíso de outrora deixem o cinismo de lado.

Argonio de Alexandria
Enviado por Argonio de Alexandria em 28/05/2020
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