PARA CAMINHAR_____________________________________

Já caminhei caos por entre as revoltas e voltas da vida,
já acendi uma vela para Deus e outra para o Diabo,
já castiguei os meus pensamentos em mil vespas à adoração da confusão em minha cabeça - feito norma -. 
Já... Já! E no peito - tomado de vertigens - criei um mundo paralelo mas estranhei o idioma desconhecido da poesia. Fiz enforcar as minhas esperanças que me davam de comer. 
Já - mas agora não! - Não! Chega! Chega dessas mãos herdeiras do chicote.  Hoje eu sou capaz de cometer os meus tombos e o que pode a humana natureza - em paz comigo. Foram muitos os anos em cicatrizes mas já cumpriram a sua sina. E cá me encontro, descabelada no camarote da minha infância de não me importar tanto (não com a vida em si e o rumo que ela toma) mas sem as extravagâncias inúteis dos açoites. Hei de morrer - de mim -  cada minuto, mas portal para jardins.



 
Escrita ao som de: 
Depeche Mode - Strangelove
oOoll NOTURNA lloOo
Enviado por oOoll NOTURNA lloOo em 25/05/2020
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