PARA CAMINHAR_____________________________________
Já caminhei caos por entre as revoltas e voltas da vida,
já acendi uma vela para Deus e outra para o Diabo,
já castiguei os meus pensamentos em mil vespas à adoração da confusão em minha cabeça - feito norma -.
Já... Já! E no peito - tomado de vertigens - criei um mundo paralelo mas estranhei o idioma desconhecido da poesia. Fiz enforcar as minhas esperanças que me davam de comer.
Já - mas agora não! - Não! Chega! Chega dessas mãos herdeiras do chicote. Hoje eu sou capaz de cometer os meus tombos e o que pode a humana natureza - em paz comigo. Foram muitos os anos em cicatrizes mas já cumpriram a sua sina. E cá me encontro, descabelada no camarote da minha infância de não me importar tanto (não com a vida em si e o rumo que ela toma) mas sem as extravagâncias inúteis dos açoites. Hei de morrer - de mim - cada minuto, mas portal para jardins.