AUTOANÁLISE E PERCEPÇÃO INTERIOR
Somos uma totalidade composta de inúmeras particularidades, às vezes em harmonia, ás vezes conflitantes. Somos essa totalidade que integra o visível e o invisível, o anímico e o espiritual, o corporal e o fisiológico, enfim, um amalgama de realidades interagindo em nosso ser. Em cada um de nós existe um universo cheio de complexidades e em constante dinâmica; se olharmos para nós mesmos, perceberemos uma constelação de ideias e as nossas dimensões com suas necessidades específicas, sem falar de nossas instâncias psíquicas, estados afetivos, sensações captadas pelos nossos sentidos, lampejos de intuições, conglomerados de memórias e conteúdos inconscientes que caracterizam a nossa história pessoal e de nossos antepassados. Mas se por alguma razão não fôssemos conscientes de quem somos, se perdêssemos o contato com a realidade de nosso ser interior, poderíamos até pensar em vários ''eus'' se contradizendo como se ficassem impossibilitados de estabelecer qualquer diálogo entre si. Na verdade, em boa parte das pessoas acontece justamente isso: tamanho é o adoecimento ao qual provavelmente sucumbiram! Como se vê, nem sempre vivemos um estado de paz; mas de vez em quando precisamos, se quisermos alcançar um equilíbrio, travar uma guerra contra o que não somos para então estabelecermos o contato com o nosso ser e a nossa verdadeira realidade íntima. É por essa razão que a constante autoanálise ou a percepção acurada de nosso íntimo pode nos propiciar uma enorme descoberta sobre as nossas fragilidades, as nossas verdades e as nossas potencialidades, a fim de que consigamos vencer o que tanto nos causa sofrimento e dor, e nos tornar pessoas mais desenvolvidas psicologicamente.