O isolamento

O isolamento social é hoje a realidade coletiva em que vivemos. Por mais que nem todos estejam em obediência a todas as recomendações médicas para se evitar a proliferação do vírus, esses também vivem seu próprio isolamento.

São seres isolados em suas próprias paranóias, submersos em uma camada muito densa de uma existência sem sentido prático. Não conseguem evoluir por si próprios e recusam qualquer ato que possa ser considerado como ajuda, uma vez que o orgulho os impedem de que se coloquem em posição de vulneráveis.

O resultado desse panorama é um conflito grave que em grande parte acaba culminando em práticas que fogem aos valores éticos necessários para uma convivência coletiva harmoniosa.

Dessa forma, o isolamento não é encarado como aprendizado por eles, mas sim como um "castigo divino", promovido por um deus (com letra minúscula mesmo) que se contradiz a todo instante. Ele ao mesmo tempo que nos ama de forma sobrenatural, nos odeia de uma forma descomunal.

Somente com a mudança do nosso próprio ponto de vista sobre a realidade atual é que iremos ter um pouco mais de paciência e até de tolerância com nossas próprias imperfeições, assim aos poucos nos tornando aptos a transformar a nossa própria realidade paralela (a individual). E com esse conjunto de mudanças individuais, teremos a tão sonhada mudança no coletivo.

Eu hoje me reconheço como alguém que necessita de ajuda. Isso não é algo que diminui a minha moral, só a torna ainda mais benéfica para que eu possa entender o conceito de empatia da sua forma mais ampla e promover ainda mais atos fraternais.

Encerro essa reflexão com as palavras de Epicteto (um filósofo grego estóico): Doente e ainda assim feliz, em perigo e ainda assim feliz, morrendo e ainda assim feliz, no exílio e ainda assim feliz, na desgraça e feliz.

Leandrowski

LHR Thoughts ™