O MEDO DA VERDADE
Quem tem medo da verdade? Creio que todos têm medo da verdade, e procuram evitá-la de todas as formas, mas falam dela o tempo todo, vivem rodeados por ela e a trazem em si mesmos que também representam manifestações. Alguns distraídos, chegam a dizer que a verdade absoluta não existe, mas eis algumas delas, apenas como exemplos: o fogo, a água, o ar, você, eu, e tudo aquilo que está manifestado, como existências físicas, ou matéria. Por isso, Aquele que manifestou todas as realidades, disse: “Eu sou a verdade e a vida”, o que significa que quem tiver medo da verdade, tem medo Dele também! Isso nos leva ao raciocínio de que, aqueles que procuram vivenciar a verdade não a temem, pois procuram carregá-la consigo mesmos onde quer que estejam, o que lhes assegura a tranquilidade da sua consciência.
Porém, o Universo, apenas na parte ocupada pelo Terceiro Princípio, repousa sobre uma imensa cadeia de transformações, e é aí que se encontra o pavoroso medo da humanidade, que é a absoluta verdade da morte, a transformação final do ser humano, que volta a ser Energia, cuja Energia, baseando-se nas definições de Trigo e de Joio, será incorporada ou na Energia Clara (Luz), ou Energia Escura (Trevas), onde como Luz receberá um corpo, e como Trevas, será dissolvida como uma gota d’água no imenso e turbulento oceano de Energia Escura.
A erva daninha surge e floresce sozinha no centro da cidade,
O trigo é plantado, requer cuidado, boa terra e assistência,
Assim também a uva para ser o vinho de boa qualidade,
O Agricultor é meticuloso intransigente na excelência.
Na jornada da vida, o ser humano define a identidade,
Nas suas ações e atitudes, se expressa a sua aparência,
É preciso se cuidar não esquecer do seu prazo de validade,
Subitamente chega o trem o transporte para nova experiência.
Todos os Seres Humanos têm, individualmente, perante o tribunal da sua consciência, uma clara noção sobre si mesmos, quanto à sua provável condição de ser Trigo ou Joio, e é diante desse intransigente tribunal que ocorrem as tempestades carregadas de tormentos, que fustigam de forma impiedosa, aqueles que não observam as regras da ética e da moral, sobretudo do amor fraterno, no curso da sua vida. Eis aí o fiel da balança, quanto ao grau da estabilidade emocional, onde cada um está colhendo os frutos da sua plantação, com justiça e impossibilidade de erro.
“No amor não há medo, pelo contrário, o perfeito amor elimina o medo, pois o medo importa em castigo, e quem tem medo não está aperfeiçoado no amor”. (I João 4:18)
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou. Eu não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o vosso coração nem tenha medo”. (João 14:27)