O amanhecer sem chão
O arrepio espontâneo do meu corpo ao vê-lo passar para banho, o lençol espalhado pelo chão, o cantarolar das estrelas indo ao encontro do amanhecer e nós, e eu com a preguiça matinal de sempre, saboreando a noite que foi apenas uma criança, solicitando novamente seu colo quente e acolhedor...
Os últimos banhos, já não falavam a mesma língua, está século distante de serem eles, os mesmos... Era só ouvir o barulho d’agua caindo, para a festa começar...
Já é tão estranho, vazio!
A rapidez ao desligar a luminária, a sinfonia aquática já não tem as mesmas notas musicais...
O velho toque, se em dias atuais, seriam eles , motivados pela
quarentena ou distanciamento social!
Éramos tão jovens, fugazes e cheios de sonhos!
A taça não tem mais utilidade em noites frias, o vinho solitário perdeu totalmente o aroma e cor !!!
O Box embaçado serpetea apenas um único corpo.
x x x
#relatos de um coração adormecido