Brasiliano
Sou brasiliano num sol brasileiro que queima os ossos e não esconde as marcas na pele.
Espero um dia, ao invés do nome - Carlos, ser confundido por qualquer outro nome analfabeto.
Oh! Pátria erguida sobre um manto fino e curto. Teu solo gentil confunde os pequenos e minúsculos animais que rastejam sobre ti.
Do que adianta todas as cores se a branca é a única que não risca o papel. Prefiro-te escondida se caso não consiga cruzá-la com a preta para tudo se transformar em cinza.
A misericórdia, dádiva ou compaixão foram excomungadas, restou o consolo do homem que morre sem nome. Meu espírito disperso não vê consolo nos milhões, pois confunde-te como qualquer outra moeda inútil. Pelo contrário, indigna-se com as bocas abertas à espera do teu leite. O sal da terra se revela mais uma vez infinito. Junta os cacos desta velha casa e faz pesar a mão do universo.