Em Tempos de Confinamento XXVII - Convicções
O contrário da verdade não é a mentira: é a convicção.
A frase não é original, está na literatura que analisa processos decisórios suportados por este substantivo que representa uma opinião firme a respeito de algo com base em razões íntimas, sejam elas provadas ou, na maior parte das vezes, não.
O que importa aqui é a oportunidade ímpar que as pessoas têm neste momento de investigarem e questionarem as suas próprias convicções a respeito de nada menos caro do que as suas próprias vidas. Uma convicção é um pensamento que se aceita como verdade e praticamente todas as pessoas têm.
Quando se está a passar o tempo de quarentena para se retornar à vida como era antes, alguns podem pensar que as coisas nunca mais voltam a ser como antes. E, antes, propor-se a conceber um projeto de que elas, as coisas, suas coisas, podem ser melhores do que antes. Recompor aquilo que se vinha fazendo antes e que não estava funcionando.
Pensar quais são as convicções que impedem o seu progresso e quais as que vão encorajar o movimento para a melhora de estado e qualidade. Velhas convicções são pontos de vista limitados e não levam você a um outro plano ainda desconhecido.
As convicções devem ser analisadas, testadas, reformatadas e eventualmente validadas, não necessariamente descartadas. É hora de empreender uma nova missão, em que uma boa parte da velha bagagem não cabe mais na viagem. Hora de considerar o improvável e, quiçá, explorar o impossível.
Este é o desafio, e tempo você tem. Por enquanto.