Ao acaso

Já sonhamos longos horizontes,

Já sonhamos fontes, fontes cristalinas,

Onde uma menina,

De sorriso alado,

Voava sem os dardos,

Que hoje estão no peito...

E só há um jeito,

É vivermos cada dia,

Regado sempre à poesia,

E abraçados com o carinho,

Pois há uma só, taça de vinho...

Já sonhamos décadas, no futuro,

Que vão além, bem além dos muros,

E hoje, tudo é ao acaso,

E os sonhos são rasos,

Por causa do medo das esquinas,

E aquele verde da campina,

Que havia nos olhos,

Se esvaiu, como petróleo,

Na corrida pela vida...

E, tantos indo sem despedida.

Alque