Estação: Cidade Natal
A vida corre pra longe de meus braços, de meu corpo, e minh'alma, e enquanto eu não consigo acompanhá-la nesse galope desenfreado rumo a liberdade, eu aproveito o caminho, que nada tem de proveitoso.
É penoso o despertar, onde percebo que pouco tempo se passou, mas nada ainda mudou.
O dia se arrasta em dolorosas piscadelas, algumas lentas, outras rápidas em busca do relógio, que insiste em devagar ser.
A noite chega e traz o frio, a solidão, e o desejo.
Desculpe se não faço sentido, ou se finjo não me importar, mas o desgosto de não fazer parte desse jogo, mas mesmo assim aqui estar, faz com que a vontade de participar de toda essa farsa seja quase zero.
Um trem fora do trilho, que nem chegou a descarrilar, mas foi colocado na estação errada, rumo a uma cidade, que não é de onde veio, e nem pra onde quer ir.