Confissões extraViadas: Da dor à construção

Seria tão mais fácil se as pessoas aceitassem (respeitassem) as diferenças. Seria imenso o número de pessoas que sofreriam menos. Seria tão bom ver todos com um sorriso de felicidade no rosto. Cada um sendo o que verdadeiramente é. Tantas pessoas deixariam de sofrer, tantas pessoas deixariam de ser mortas, tantas pessoas deixariam de dar um ponto final em suas vidas e passariam a viver livres. Uma sociedade na qual as pessoas são rotuladas. Sociedade que está se autodestruindo. Tanta dor para ser colocada numa simples folha de papel... Uma dor amiga... Dor de compaixão.

(2012)

Obs: "Confissões extraViadas" é uma coletânea de textos escritos na forma de rabiscos, desenhados em folhas de agendas, blocos de papel e diários, há anos. São pedaços que compõem a complexidade do que sou hoje, no agora. São pessoas e memórias encarnadas num jogo de palavras. São sentimentos que silenciaram. Representam a trajetória de um menino gay, que recorreu diversas vezes ao mundo das letras para explodir o que não poderia ser audível.