Quarentena

A comunicação nunca foi tão valorizada, compartilhada e até incentivada. A sociedade estava acostumada com um ritmo frenético de atividades diárias que, às vezes, faltava tempo até para dar um simples “oi” para alguém. Trabalho, estudos, filhos, atividades extra curriculares, obras de caridade, lazer e a busca pela felicidade genuína era a preocupação de muitos.

Contudo, a rotina mudou. Tudo mudou e as pessoas mudaram, também. O surgimento de um inimigo maior do que a falta de tempo em si, mudou tudo e todos. Um vírus surgido no oriente visitou países, cidades e pessoas. Muitas pessoas. O caos e a incerteza se instaurou nas almas humanas que jamais esperaram vivenciar algo tão aterrorizante: a incerteza do amanhã.

Com os últimos acontecimentos, uma guerra foi travada e várias pessoas se empenharam em diminuir a devastação causada por aquele inimigo tão pequeno, porém com um poder destruidor de sugar vidas. Profissionais das mais variadas áreas, governantes e pessoas comuns se uniram nessa luta nem sempre igual contra a tal ameaça. Algumas batalhas foram desfavoráveis, porém a guerra ainda não acabou.

Em meio a tudo, a comunicação através da tecnologia surge como veículo de informação, propagação e defesa de ideias, assim como proporcionadora de uma outra guerra que ocorre na mente das pessoas. Essa tempestade de pensamentos que acomete uma gama grande de pessoas chega a causar certa tensão, pois ela ocorre virtualmente e alguns elementos que são essenciais na vida do ser humano são esquecidos. Respeito, amor, educação, empatia, resiliência são alguns exemplos do que algumas pessoas têm esquecido. Infelizmente, a falta deles pode nos enfraquecer. Mas, o nosso real inimigo não é nosso semelhante.

Em contrapartida, há outro grupo de pessoas que não se deixou levar pela negatividade, incerteza, tristeza ou até dor e, diante de todo o cenário calamitoso, comunica palavras de incentivo, paz, positividade e fé. Palavras que têm o poder de acalmar e levar esperança.

E o que falta a muitas pessoas é esperança. Ela não é a última que morre ,mas sim a que move corações a lutarem pelo que acreditam : um futuro melhor.