Pensamentos do tempo presente
É muito difícil falar de relações humanas neste momento. Estamos em plena uma pandemia e mal sabemos qual será o futuro, hoje, no entanto, algumas questões batem à porta: As relações humanas. Tenho relido Paulo Freire nas últimas semanas no intento talvez de me sentir menos pior no mundo ou melhorar as ideias que tenho de mim mesma e dos outros. Esse vai e vem dialético e profundo me faz perceber o que eu já sabia: quanto mais conheço o outro, mais conheço a mim mesma. E assim o tecido social complexo vai se tecendo sem nenhuma timidez. Mas que coisa estranha, estamos todos ameaçados por algo desconhecido e mesmo assim a arrogância de alguns e o desespero de outros não me assustam, só me faz atestar o quanto preciso reavaliar minha própria vida, meu meio, minha bolha social. Não há como negar que ambientes aparentemente bons sejam também perigosos, afinal, toda paixão carrega em si mesma um labirinto de surpresas e nem sempre elas são o que esperamos. Estou eu aqui na minha infinita e retrógrada ansiedade às 02:25 da manhã tentando falar aos outros aquilo que nem eu mesma consigo dizer pra mim. Bom, penso que essa é a única saída cabível e afastada da minha bolha no momento...