TEMPO DE DOR
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Tempo de dor...
O tempo é por demais pesado à chegada dessa Hora
Nas costas uma fadigante e cruel Carga
Pois, o mundo todo em pânico come a própria Cauda
E, aos inocentes trespassa a aguda e fria Estaca
Do que vale a Humanidade? Se é que invisíveis Valia.
Enquanto isso, suícidio e muita maldição em Cântiga...
As lágrimas machucam muito os tantos cativos Olhos
E, a razão irracional trás galardões pros altivos Corvos
A fome quando vem, ressuscita, também, os Mortos
Num tempo propício para o abandono dos Sonhos
É, a Humanidade faz dos que choram, uns Tontos.
No circo de ferozes na plateia de mui vis, Horrendo...
A caridade, pobre caridade, a justiça sente Preguiça
O desespero dos que clamam entorna grande Faísca
E, a mãe pelo filhinho clama pelos políticos à Esquina
Doravante, aflição sem cobertura da TV é rica Dívida
Pois, beber os tapinhas nas costas é, riqueza de Vinha.
Mesmo assim, o do subúrbio enterra a sua Menina...
São tempos de desespero e ânsia de rogo ao Maldito
Esquecendo a própria fé o padre deixa de ser Místico
Já o politico, esse se debulha à adorações de Esterco
O pavor da fome, da violência e da injustiça, gera Medo
E onde está a constituição? Essa, agoniza em Desterro.
Pois, não basta profecias! Somente imoral Baixeza...
A flor de lís perdeu a beleza das pétalas no seu Branco
O Brasil não conhece mais o folclore em festas e Canto
No altar não tem mais significado a imagem de Santo
O coração vagueia num céu de drama e, espírito Oco...
Onde está Deus? Deuses? Anjos? E, a vacina de Gosto?
Penso, que os morcegos continuam no exótico Molho.
Há choro, e grande cova cavada no coração tão Pueril
No jogo de engravatados há demônios de pios Vadio
Deturpando ao pandemônio de propagandas, eu Caído
É o milênio de seres Humanos de sorrisos Esquisitos
Tendo tudo pra serem felizes; correm atrás de Cisco.
Meu Deus, por que o Senhor apostou com tanto Risco?
Na geladeira não tem comida e haverá só um Talvez?
Anjos descem à Terra e veem em nós pobres ao Revés
Onde achar a cura para essa fome? Em mais de seis...
Talvez saqueando o castelo dos roliços e rosados Reis
Haveria carne e champanhe pra infindas bocas no Mês.
Vamos lá conte! O Corona vai terminar em.. Um.. dois... ... Dezesseis... Ai, ai, ai meu Deus!
(Francesco Acácio - Poeta)