Uma face da exposição
Se sentir exposto é, sem duvida, uma invasão. No entanto, as pessoas não costumam temer a exposição de fatos em que elas estão sendo vistas com olhos de bondade, ou como modelos a serem seguidos.
Não costumamos sentimos medo ou invasão naquilo que fazemos e que podem ser considerado louvável pelos outros.
Para mim há dois motivos para não querer se expor, o primeiro é tratar de temas moralmente reprováveis ou criminais. O segundo, é guardar o que consideramos segredo.
O medo de expor o que escrevo para quem já me conhece pessoalmente, em contextos da vida, é o desconforto dos segredos.
Presencialmente as pessoas fazem perguntas, indagam, são naturalmente curiosas. Talvez eu não queira ser vista como uma pessoa específica. Talvez eu possa ser, por quem me lê, vista como um ser humano, talvez o próprio leitor possa se identificar, sem que veja em si, uma pessoa que ele já conhece e que ele vai querer analisar ou desvendar.
O leitor pode analisar a si.
Por isso, o anonimato.
Para quem já me conhece pela página não me importo que me vejam através da pessoa que escreve, mas, quem eu conheço de forma pessoal e que pode ler e misturar o que eu escrevo com a minha pessoa, não.
Para estes, mantenho o segredo e a distancia.