Novamente
Toco-me áspera e trêmula. Tem sido dias duros difíceis. Minha pele arrasta um corpo exausto, mas tenho tido paciência com meus demônios, ora os vejo lutarem para me derrubar, ora os vejo me tirarem para dançar. Tecer a teia da obsessão pelo limitar da vida não mais está presente. Mas continuo com o dedo enrolado na autodestruição, pelo menos assim me mantenho no controle, sem toques por aqui. Não há toques. Sem toques. Sem alguém. Sem partilha de sentimentos. Há apenas o vazio de sempre como já se está habituado.
Sinto o cheiro do mel que escorre na manhã do dia ensolarado em que eu voltar para casa, posso sentir o gosto da melhora da sanidade e da lucidez desse mundo louco, e sinto o poder de destruir tudo de novo. Ou não. Lá vamos nós de novo. E de novo.