As horas que batem...
As horas que batem são aquelas mesmas que nos deixam descansar depois da surra.
Tenho saudades da vã felicidade, aquelas que temos plena consciência que é falsa, mas mesmo assim a queremos no final de semana.
Aquela que o tempo voa, a bebida acaba. Desce mais uma, desce mais três.
Depois a gente sorri quando vai embora e no outro dia as horas e a secura nos castiga.
E segunda voltamos a mesmice da vida inteira se hidratando de ilusão.
E de segunda em segunda vivemos o ciclo vicioso da mentira, que, por segundo nos aparenta real demais pra ser falsa.
E assim o tempo se esvai entre os dedos, e nunca conseguimos segurar um segundo sequer.
E a tristeza entende a rotina melhor que nós mesmos. Quando ela quer nos derrubar, o álcool passa na frente. Um pra frente e dois pra trás, e nunca chegamos lá.