O que seremos pós pandemia?

E agora, meus amigos. Rompeu-se o cordão que nos amarrava uns aos outros. E de que valerá nossa rebeldia se dela, ou por ela, não se dará aos nossos passos a força fundamental para atravessar a ponte? Realmente, alguém dirá, sob a ponte apenas um fio de água a correr insuficiente para molhar nossos pés. E acima, sem garantia de sucesso, apenas a fraca certeza que nos próximos 10 metros encontraremos o porto seguro. E então, sabemos ou...talvez já sabíamos, que a linha do horizonte suscita a memória do que um dia fomos. E então eu vos digo: anda-te. Avança-te e não se surpreenda-te com o quê encontrarás. És meu espelho. Somos um, unidos nesse ethos humano. Somos a possibilidade do novo homem, porque, talvez um sopro nos chegue e nos acorde do sono indesejado a que somos submetidos.E nesse dia, talvez o primeiro em milênios esperado, o novo homem, em nós, tenha renascido.