Caminhada da descoberta
Paula não era uma garota qualquer, e isso era bem evidente, pois se vestia de uma forma nada formal, sempre com camisas largas, mas que sempre caiam bem. Usava sempre o mesmo tênis, e ia quase todos os dias a mesma praça para caminhar. Paula tinha um compromisso marcado com seu terapeuta toda segunda, um encontro muito esperado, pois acreditava que iria ajudá-la a se encontrar, pois tinha se perdido de si a muito tempo, e a praça que ia quase todos os dias, era um local onde sentava e pensava, tentado buscar respostas para sua vida, para suas buscas incessantes.
Paula não via graça na sua vida e a de todos em sua volta, e tenho que concordar, todos viviam uma vida nada atraente, uma vida cheia de rédeas, palavras pensadas, roupas passadas, uma disputa em querer ser melhor que o outro, uma necessidade em se aparecer, pois assim as pessoas seriam conhecidas como inteligentes, pessoas grandes. Paula buscava entender o sentido da vida, buscava em igrejas, “amigos”, família, e por último em um terapeuta.
Segunda-feira era sagrado para Paula, pois a mesma sempre entrava no consultório com a esperança de receber a resposta do que tanto procurava, mas era em vão, pois talvez a resposta não existisse, ela pensava.
Até que um dia Paula acordou pela manhã, bem cedo, preparou seu café forte, escolheu sua melhor roupa, e saiu caminhar, e acredite, a partir deste momento, ela decidiu ser ela mesma, falar sempre a verdade, pois sabia que a verdade ajudava a evoluir, decidiu assumir seus gostos músicas, e resolveu se entregar a vida, aproveitando cada momento, além de ser sincera com as pessoas sobre si mesma, e sabia que se houvesse aceitação, era porque a amavam de verdade.
Paula caminhou tanto, que sentiu que estava caminhando para si mesma!