A SOLIDÃO DA FÉ

Fiquei comovida com a solidão do Papa Francisco na Praça São Pedro,em meio a chuva fina e insistente que caia ininterruptamente. A água que escorria pelo Crucifixo molhado parecia reavivar as Santas Chagas do Cristo. A noite escura  e as lamparinas de velas pelo chão em direção a Basílica me remeteram a tempo medievais de outrora. 
O Papa estava triste.A Praça vazia,o Crucufixo mergulhado em uma penumbra silenciosa e a Itália recolhida.
Só FÉ se fazia sentir. A fé estava presente e viva naquela Praça,naquela noite,naquele lugar Santo. E também na vida de quem assistia em conexão virtual pelo resto do mundo.
Silencio...Noite silenciosa...que ficará para sempre nos registros da Igreja Católica. Mais um episódio marcante na história do Cristianismo. Profecias que se cumprem...angustia...medo...FÉ.
Mais que nunca agora é a hora de se praticar a FÉ  nos modos que nunca fizemos antes : fé solitária,fé no isolamento,fé ausente da egrégora e distante dos templos físicos.Sustentar a fé na solidão é o desafio para todos que creem e tem esperança de que o turbilhão vai passar. Depois disso a humanidade estará melhor,o Planeta e seus reinos preservados,a fé fortalecida e o Cristo Ressuscitado em cada um de nós.
Não fizemos a lição de casa...Deus nos colocou no cantinho para  refletir e pensar melhor.

Maria da Penha Boselli***12/04/2020




 
Maria da Penha Boselli
Enviado por Maria da Penha Boselli em 12/04/2020
Reeditado em 12/04/2020
Código do texto: T6915070
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