Temperando à vida
Tempero à vida com chuva fria e café quente.
Ao cair das primeiras gotas, levo água ao fogo.
Em pouco tempo, o presente das nuvens esfria o solo e minha alma se aquece.
Coloco-me em silêncio para reverenciar o barulho.
Me perco no que me seduz, a sinfonia de gotas e raios contra o chão ou
O vazio silencioso ao qual sou levado em micros intervalos.
Minha mente se agarra aos sons e o personagem “EU”, quebra o tempo com lembranças futuras e imaginações passadas.
E segue a chuva ainda mais intensa aumentando o contraste do próximo gole de café.
Meu outro “EU” mergulha em pequenas poças de silêncio, com o som também se esvai o tempo. E morando no agora sem nada para comparar ou alcançar.
Ah, como “EU” e “EU” amamos café quente e chuva fria!