Eu queria ser poeta
Me intitulo poeta,
E às vezes poetisa,
Mas não por que escrevo palavras belas,
Que às vezes tem rimas
E outras histórias,
Mas sim pois quebro meu coração
Para encher os daqueles que lêem.
Me intitulo poeta,
E outras vezes poetisa,
Mas não por eu escrever sentires,
Que muitas vezes nem rimas pintam,
E por vezes contém amor e desamor vividos,
Mas sim por que escrevo tais palavras,
Com a tinta que crio com as lágrimas,
E o sangue que escoa de meu quebradiço coração.
Me intitulo poeta,
E por muitas vezes poetisa,
Sou aquela que a dor carrega,
Sou o olhar perdido,
O amor não vivido,
O doer mais doído.
Sim, sou poeta
E poetisa
Sou aqueles que me procuram
Quando não há mais ninguém para procurar,
Sou o oco do espaço,
O vazio da imensidão,
A ferida mal curada,
Sou uma eterna menina que queria ser uma poeta.