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Querido,

ao adentrar meus versos, rasga-me a pele e deixa-me exposta a camada mais profunda do meu existir. Venho deleitando sobre pesares que funcionam como refúgio para a minha lucidez. Deixo-te entrar, você faz parte de mim agora, apenas para uma visita e nada a mais. Obterá de meus desejos mais profundos e sobre isso nem Freud ousará, mas a ti pertencerá. Passeará pelos meus sonhos mais brilhantes e pelos vãos onde as partidas se findam. E entre um caminho e outro você esbarrará com fármacos que fazem a minha vida ser menos melancólica e você ser mais bem vindo. Sinta-se em casa, feche a porta ao sair.

Com amor,

Barbara Coelho
Enviado por Barbara Coelho em 05/04/2020
Reeditado em 05/04/2020
Código do texto: T6907591
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