Até onde der

Segundo Freud antes de dizermos que estamos com depressão temos que nos certificar que apenas não estamos cercados de idiotas.

Talvez idiota seja uma palavra meio pesada, prefiro usar o termo "pessoas tóxicas", faz mais sentido, pelo menos pra mim.

Somos engolidos por elas, ainda mais quando somos minoria.

Lutar sozinho contra a onda devastadora da toxicidade das pessoas é pra poucos, e até os poucos, mais dia menos dia, tendem a esmorecer.

Se não se afastar dessas pessoas nunca vamos deixar de sentir o que achamos que é depressão.

Se em algum momento, em alguma companhia ou em algum lugar conseguimos nos desligar da tristeza e dor que nos oprime a maior parte do tempo e, se sorrimos, relaxamos e esquecemos por um momento, certamente o que temos não é depressão.

É apenas opressão. De pessoas, de situações, de lugares.

Mudando tudo isso, se muda a alma, o espírito, a vida.

Não dá pra correr pro primeiro psicólogo ou psiquiatra pra tentar nos livrar de um sentimento que nos tira a vida por achar que o problema é interior.

Até é, mas é porque o interior está contaminado com o exterior. Está influenciado pelo que está ao nosso redor.

Claro que existe depressão, e é uma doença séria e tem que ser tratada.

Mas nem toda tristeza é. Nem toda vontade de morrer é. Nem toda falta de vida, de ânimo, de alegria é.

O problema é quando sabemos disso, temos consciência e não podemos nos afastar. Esse é o grande impasse.

Continuar onde nos adoece, ter contato com quem nos contamina e ainda assim tentar não enlouquecer com isso é, talvez, a parte mais difícil do processo todo.

Mas a vida é assim. Nem sempre dá, nem sempre é como precisamos ou queremos.

Pelo menos ter consciência do problema já é meio caminho andado, mesmo que a outra metade seja impossível ser percorrida.

Que tenhamos força pra continuar!!!

Assim é....até onde der!!!!!