A última fase

"Eu prefiro ser essa metamorfoses ambulante" do que ter o que me é passado sobre tudo. Sobretudo o que a TV me passa da tela para dentro, formando meu senso crítico. As coisas que vemos estão sempre criando em nós arcabouços imaginários. Somos críticos por natureza, natureza essa que temos que aceitar com um acaso dos mais milagrosos possíveis. A complexidade do ser humano vai muito além de entender as funcionalidades de corpos físicos. A capacidade de apreensão, assimilação e compreensão deixa os cientistas perdidos, pois em suas tentativas de explicar tudo com fatos que podem ser medidos, estudados e catalogados, a questão da alma humana os deixa à deriva em um mar de dúvidas; sem aquele norte necessário para compreender o milagre que é o ser humano.

Já dizia Cícero: "Quando na velhice, quando o fim se fizer mais e mais palpável, é que desejaremos que exista um algo a mais". Não foi exatamente com essas palavras, mas o sentido de tudo isso não vai se perder, a partir do momento em que cada ser humano se ver na estação de partida para o desconhecido.

Diego Crevelim
Enviado por Diego Crevelim em 04/04/2020
Reeditado em 05/04/2020
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