A loucura de uma mente sã.
Dizem que ser louco é fazer coisas que nunca o icomum faria. Dizem que ser louco é por em prática e expor ao perigo o corpo, a alma e a mente que já deixou de julgar o coerente, dando lugar a incoerência.
A bem da verdade, a mentira prevalece pelo que é mais fácil mentir para si mesmo, do que se encarar com a verdade nua e crua: o débil mental é feliz na sua infinita capacidade de não julgar. Tudo está bem - relativamente.
A loucura de uma mente sã esbarra em obstáculos e limites que achamos que sejam necessários para o bem-estar... Paz de espírito - é o que dizem.
O incômodo da sanidade traz a redundância do que é ideal. Óbvio. Em épocas de solidão, é na redundância que encontramos a paz do mantra pessoal: tudo vai ficar bem. Tudo vai ficar bem.
A sanidade é ambígua. Para o bem da verdade, ainda bem que é, pois que é nela que achamos o convencional. Nele sim há regularidades, até que novos enfrentamentos se acheguem e, sutilmente, façam residência em nossas mentes: novos terremotos a vista. Mas, tudo vai ficar bem. Afinal, são apenas as placas tectônicas de nossas verdades se acomodando ao novo mundo que se forma dentro de nós. Se é que há verdades, digo.
Nada melhor que a sanidade, pois que nela, temporariamente, encontramos a paz, embora tenhamos, no fundo, a certeza de que novas guerras e erros internos virão, porque é de erros em erros e de guerras em guerras que se forja a loucura de uma mente sã.