OLHOS FECHADOS

OLHOS FECHADOS

O pobre que já era tão pobre

Quando morreu...

Ficou ainda mais pobre.

Pobre João!

Pobre José!

Aquilo é que era homem bom.

Morreu, sem cobre.

Um doce de criatura, findou-se

sem doce.

E todos os sonhos, acabou-se.

A morte lhe deu cabo da vida.

Ali por volta do meio dia...

Ele se foi arfando, sobre os

paralelepípedo da avenida.

Se foi sem fecundar.

Não deixou rebento algum para

ser ofertado para economia...

Nada de DNA! Se foi com

lagrimas de sinceridade, para

um mundo que deixou de olhar,

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 30/03/2020
Código do texto: T6901542
Classificação de conteúdo: seguro