OLHOS FECHADOS
OLHOS FECHADOS
O pobre que já era tão pobre
Quando morreu...
Ficou ainda mais pobre.
Pobre João!
Pobre José!
Aquilo é que era homem bom.
Morreu, sem cobre.
Um doce de criatura, findou-se
sem doce.
E todos os sonhos, acabou-se.
A morte lhe deu cabo da vida.
Ali por volta do meio dia...
Ele se foi arfando, sobre os
paralelepípedo da avenida.
Se foi sem fecundar.
Não deixou rebento algum para
ser ofertado para economia...
Nada de DNA! Se foi com
lagrimas de sinceridade, para
um mundo que deixou de olhar,
Antonio Montes