OU AMA... OU TÃO SOMENTE... AGUENTA!
"Dir-se-ia que o homem pode aguentar tudo (...),
até a ideia de que não pode aguentar mais"
(William Faulkner)
Teria eu sempre afeição com quem nest'exílo sigo?
Ao que "ajustar-me", quem sabe, é o que, pois o tempo todo faço!
(Para, desta forma, "conseguir" ir adiante... com ele)
E, assim, conduzo-me aos rastos até chegar ao meu destino
(Que, provavelmente, será também o de quem comigo caminha)
Qual rio cujas águas se levam... junto com o lodo
Ah! Conviver... "quando" necessário se faz!
(E, acaso, não se "é", neste mundo, sempre?)
E, desta forma, ou ama ou – embora não se aceita – apenas "aguenta"
Oh! Felizes os que capazes são amar!
Aos restantes (e são quase todos) só lhes resta... suportar
Ai! Quanta resistência se faz preciso!
A não ser que se queria viver... sozinho
Num mundo onde tal... é praticamente... impossível!
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30 de março de 2020