VENDER-SE OU NÃO! EIS A QUESTÃO!

"Quando eu perder a capacidade de indignar-me ante a

hipocrisia e as injustiças deste mundo, enterre-me:

por certo que já estou morto"

(Augusto Branco)

Valer-se-ia o sacrifício de minha vida por este mesquinho mundo?

Ai, meu Deus! Ai, meu Deus! Por que mendigo como tantos d'aqui?

Pelo que buscar consolo neste prazo vede o que todos fazem

Quais sedentos nesta terra árida e dura

Todavia, jamais a achar... o oásis de que tanto buscam

Menos ainda a eterna glória d'um ridículo louvor

[a se quererem... por mãos alheias

Mas, qual a condição par'isto?

Oh! Ser aceito num espaço em que nele ficar... se almeja!

Poder-se-ia ser ele... o mesmo... o tempo todo?

Ah! Duvido!

Preciso se faz em aderir-se... à coletiva mentalidade

E, em nome de sua então covardia, negar-se a si próprio

Abdicar-se, completamente, de sua ética

D'alma a qu'então suicida seria, embora o corpo viva!

Então, caso não puder concordar... com o mundo,

[e, sobretudo, não a ele se moldar, e menos ainda... a ele se vender

[o melhor será, certamente, cair fora... dele!

Fácil será?

Oh! Decerto que não (ao que bem o sabes)

Todavia, será muito mais nobre

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28 de março de 2020

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 28/03/2020
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