Angústia
É março, tempo de quarentena, um vírus nos assola. Já faz frio lá fora e aqui dentro de mim. Me deito, minha mente barulhenta se recusa a silenciar. Tenho vontade de chorar, mas o choro não sai e me engasga. Por um minuto, desejo sumir sem deixar resquícios, mas logo me dou conta de que sumir não me afastaria de mim, e é em mim que o caos se encontra. Percebo logo que não é uma saída inteligente. Tudo que preciso agora é de mim mesma. Se me encontrar, imploro: devolva-me!