Take Care

Mamãe dizia para não enfiar nada na tomada. Agulha e várias objetos. Era preciso tomar cuidado!

Tomar cuidado, sim! Têm litrão?

O problema não é tomar cuidado, e sim, cuidar.

Cuidar da saúde mental, das unhas e cabelos, dos filhos. Tomar cuidado para que ninguém roube os olhos do seu amor.

Cuidado com a competitividade, com as armadilhas do diabo, com a malandragem do mundo; queria uma forma de me desligar de cuidados. Por uns dias, por um semestre, por um tempo indeterminado.

Eu queria era brincar. Hoje eu sou a tomada. Cuidados são o querem colocar em mim, para sugar minhas energias. Cojito uma extensão: a energia cruxial perderia a originalidade.

Resta-me Amar e mais dois verbinhos.

Lembrei, em meio a tarde, sob pensamentos Coronários, daquele filme protagonizado pela linda Júlia Roberts, Comer, Rezar e Amar.

Amo comer, como e rezo, e amo rezando infinitamente.

Poeta de Borralho
Enviado por Poeta de Borralho em 24/03/2020
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