Take Care
Mamãe dizia para não enfiar nada na tomada. Agulha e várias objetos. Era preciso tomar cuidado!
Tomar cuidado, sim! Têm litrão?
O problema não é tomar cuidado, e sim, cuidar.
Cuidar da saúde mental, das unhas e cabelos, dos filhos. Tomar cuidado para que ninguém roube os olhos do seu amor.
Cuidado com a competitividade, com as armadilhas do diabo, com a malandragem do mundo; queria uma forma de me desligar de cuidados. Por uns dias, por um semestre, por um tempo indeterminado.
Eu queria era brincar. Hoje eu sou a tomada. Cuidados são o querem colocar em mim, para sugar minhas energias. Cojito uma extensão: a energia cruxial perderia a originalidade.
Resta-me Amar e mais dois verbinhos.
Lembrei, em meio a tarde, sob pensamentos Coronários, daquele filme protagonizado pela linda Júlia Roberts, Comer, Rezar e Amar.
Amo comer, como e rezo, e amo rezando infinitamente.