Reflexão - Coronavírus
E lá se vão as listas de metas e objetivos feitos no último reveillon de 2019. Antes mesmo que terminasse mais um conturbado ano a crise inciava do outro lado do mundo. Distante se relacionarmos os kilômetros, mas muito próximo quando mensuramos o óbvio, o nosso oxigênio.
Está no ar, veio pelos ares através de hospedeiros humanos, que inocentemente espalharam um vírus que deixa os que sofrem com ele com falta de ar. Nesta agilidade atemporal não tivemos tempo de tomar fôlego e erguer a cabeça a tempo de segurar o nosso ar.
Inimigo invisível que nos tem deixado atônitos de tanto perceber e sentir a sua visibilidade. Sempre haverão culpados, por não ter alertado a tempo e por não ter dado a importância que deveria a tempo. Agora estamos presos neste tempo indeterminado e neste medo do ar, quem diria que um dia tivessemos de ter medo de estar perto, de sermos tocados até mesmo por aqueles que estão mais próximos da nossa intimidade. Dias difíceis mas não tão tristes, estamos aprendendo dia a dia a nos reinventar dentro do nosso mundo, esvaziando do nosso querer, acontecer e fazer, esvaziando os nossos pulmões para prepara-los num fôlego novo para as novas emoções que viveremos em breve, porque nada poderá voltar como era antes, no mínimo por respeito aos que sofreram com a falta de ar e acabaram perdendo, a empatia nesta situação é uma questão obrigatória.