SEGREDOS DE LIQUIDIFICADOR 2 - Fragmentos do Alto
SEGREDOS DE LIQUIDIFICADOR 2
Fragmentos do Alto
Leonardo Daniel
Natal de 2019
Fragmentos do Alto
01
Sempre de nós vem o beijo no entrecenho, sempre de nós há uma carência e um conflito, sempre de nós há uma decisão que não dá para escolher, (e não é preciso). Sempre sem saber este poema é um refrigério da alma capaz de soltar de solavancos o mecanismo de busca e consorte daquilo tudo que é um norte, meu norte. Epifania. Sonhos de meros raptos de um vulgar sentimento de incompreensão, e, se não despertamos o agora ou nunca, podemos simplesmente sim aceitar o convite cabal de suplantar todos cristais que chegaram de longe do rubor esquálido e poético de um torque de vinho vindo dos horizontes e sua ensaística, seus horizontes e seus esquecimentos, uma voz linda e fugaz. Assim caminha torpe a humanidade. Dentro de um ciclo de vacilo e dentro de um mundo imperfeito e sem perfeição.
02
De tudo que sorve o orvalho de cada manhã, é uma pequena pedra em cada mão – de onde só calo; porque ainda não paro de pensar.
03
As fazes da lua... Sempre incógnitas sempre precárias. Desde que na realidade avançamos em ciladas de mãos dadas – sorrindo pelo segredo degredado no som de cada manhã. São fragmentos, muitos, e, coesos. Sim; todos correndo o risco de perder a amizade, por quê? Por causa da metalinguagem. Um absurdo sim e um arauto talvez, é triste saber que o bom senso é mesmo limítrofe do Ser. Mas que suporte temos para dar e ganhar... A graça sibilante – já que nem todo inverno é boreal.