PENSEMOS
O CAMINHO
Como uma atitude em relação à exploração do mundo, ciente de como é fácil projetar o que já se pensa no que se vê, o agnosticismo, com um olhar descrente sobre religião, política e existência, lançando dúvidas sobre a capacidade de aquisição de conhecimento do mundo e sugerindo o adiamento do julgamento diante da dubiedade, assume uma posição de investigação e descrença para encontrar confirmação do que se pensa, se justificando como um reconhecimento da limitação humana, com uma postura sólida intelectual e integridade, se posicionando como uma defesa contra a desumanidade da certeza em uma jornada de ambiguidade.
Tal conceito considera argumentar que a existência ou a inexistência de Deus, e a ignorância geral da ideia do que seja Deus é algo humanamente absurdo, considerado apenas como uma metáfora e algo além da compreensão humana, o último incognoscível, pois não pode ser provado nem refutado.
Diferentemente do ateu, o indivíduo agnóstico significa o conceito de Deus, como algo desconhecido, mas, que pode ou não existir além de nossa capacidade de saber com convicção. Para o fundamentalista, que interpreta literalmente a Bíblia como necessário à vida e à doutrina cristã, que, às vezes, se sente abordado pelo antagonismo e não se trai com comparações, apesar de, constantemente, conviver com a incerteza, o integrismo religioso é sua vocação.
Considerando antirreligioso conviver com o dogma e a dúvida, essenciais para a fé, sem posse da verdade, num ato voluntário de entrega do pensamento, o agnóstico reconhece os elementos da humildade e da vulnerabilidade que compõem a fé, como acontece na amizade entre pessoas que depositam a confiança uma na outra, mas, de certa forma esboçam que nunca pode haver certeza absoluta, assim, tocando o que há de melhor na natureza humana. É verdadeiramente uma questão de fé, um salto no desconhecido, crer nas palavras que consideramos da autoria do Senhor, ou inspiradas pela ideia Dele, ou, os relatos de suas palavras e feitos, que foram escritas gerações após a sua morte e Ressurreição.
A religião significa a fé na existência de um poder ou princípio superior, e muita violência, vingança e extremismo têm sido cometidos em nome de Deus, e da religião, pois o que é feito em nome da crença é o que importa, porque a religião sempre pode ser manipulada e desumanizada na simplificação, assim isolando os crentes contra o resto do mundo.
Podemos escolher entre sermos sensatos, agradecidos e humildes expandindo nossa concepção do mundo e de outras pessoas, ou, viver convencidos de absoluta certeza e retidão, circunscrevendo no absolutismo a admiração, gratidão e humildade pela vida usando dogmas para nos isolar daqueles que discordam de nossas crenças, assim perdendo nossa humanidade.
A religião com fé tem beneficiado a humanidade com a teologia da libertação e o movimento da justiça social. Porém, testemunhamos na atualidade, nas várias denominações religiosas, a consternação do que é dito e feito em nome de Deus!
Temos o arbítrio da escolha do que pensar. Estudando as profecias, as palavras e práticas do Mensageiro da Vida, que trouxe a esperança no final do túnel, revestindo com o amor, a compaixão e a gratidão o caminho que podemos trilhar se incluirmos em nossa experiência a humildade e a clareza de pensamento com confiança na fé Naquele que, apesar de seu poder indescritível, se tornou um de nós e por nós exemplificou o bem.