peça de encaixe
coringas e seus caralhos,
de bota aqui e acolá, sem rumo,
e sem onde ficar
pairando em desilusões de incertezas
permeadas de uma louca determinação
ai, inferno!
me formei, com louvor, e agora
quero fazer outras coisas, ai Senhor!
Há de ser tudo assim? Nessa suposta perfeição?
De conseguir fazer tudo e se sentir
uma farsa em todas as coisas.
você fica bem em todo lugar,
mas, como, se eu nem tenho onde ficar?
sou, peça de encaixe, sem nenhum espaço para ocupar