A TERRA CONTINUA A GIRAR, MAS O MUNDO TODO... PAROU!
"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã,
porque se você parar para pensar, na verdade não há"
(Renato Russo)
Este rapto d'agora a roubar, pois nossos passos
Dos olhos a que pouco se avista, no horizonte... a Esperança
(Que nela não se crê nem tampouco a deseja ou a ama, é fato!)
E, portanto, quanto o pavor a todos assalta!
A que nos olhos de todos somente se vê medo e angústia
Seria, oxalá, por falta de Fé?
Mas, do que, deveras, todos fogem?
Do que neste instante todos s'escondem?
Seria dos horrores da inevitável morte?
Seria do torpor de nosso efêmero e ilusório viver?
(Desta vida a que, nos prazos dos gozos e das glórias,
[crê-se então a que eterna... seria?)
Porém, se isto fosse, vede a que sua libertação, em verdade, o seria...!
Contudo, oh! eis a s'entender a que amamos nossas correntes!
E, sem dúvida, adora-se cad'um a grade que lhe convém e agrada
No tempo em que seus ponteiros pararam
Contudo, ainda existe o antigo "relógio"
(Não sei para quê... agora!)
E, assim, a terra... ei-la a girar!
(Como, desde o início)
A caminhar em seu eixo
E anda... sem trégua... sem pausa
Porém, o mundo todo... agora... parou!
Por esta ninguém esperava...!
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23 de março de 2020