A Solidão do Animador de Platéias
"E por detrás daquele sorriso estava uma alma em prantos. Não por opção, pois seria menos mórbida não fossem os males que, desde outrora, acometeram-na. E, no silêncio, o palhaço rasgava o peito a fim de arrancar o próprio coração, na esperança de fazer cessar o fluxo que perpetuava o seu sofrer. Seu aspecto era antitético, contraditório, sombrio, projetando nas sombras a paradoxal imagem do causador de risos que jamais sorriu."